Akhenaton, O Filho do Sol - Historia de um Tirano


Conhecido como "O Filho do Sol", Akhenaton foi um dos primeiros Tiranos da História do Mundo, o fundador da ideia ditadora de um Deus único e o precursor do conceito de Politicagem atual. Uma verdadeira história de terror, disfarçada pelo glamour de seu título de Rei do Egito.

Chamado de Amenhotep IV (Amenófis na versão grega do nome) por ocasião de seu nascimento, ele era filho do faraó Amenhotep III, que havia expandido os domínios da 18ª dinastia na Ásia e na África. Akhenaton tornou-se rei aos quinze anos por volta de 1364 a.C, com seu pai ainda vivo, sob o sistema de co-regência, um recurso utilizado por vários reis egípcios de modo a garantir uma sucessão sem problemas. Pensa-se que nesta altura já estaria casado com Nefertiti, a sua famosa esposa.

Akhenaton e Nefertiti

Ele reinou no Egito, após a morte de seu pai, durante 17 anos (1353 - 1336 a.C.). No sexto ano de seu reinado, Amenófis IV abandonou a velha religião e abraçou o culto ao deus Aton, remetendo outros deuses ao desaparecimento ou a uma posição secundária, atitude que o faz ser considerado o criador da ideia do Monoteísmo. A partir daí assumiu o nome Akhenaton, que significa “aquele que serve Aton”.

Aton, o Deus do Sol

A nova religião foi imposta ao povo egípcio e o faraó fez construir enormes templos em Karnak, nos lugares dos templos dedicados aos antigos deuses. Ele deslocou sua capital ao longo do Nilo, de Tebas, no Alto Egito, para Amarna (Médio Egito). Foi construída, durante um período de 4 anos, uma nova cidade denominada Akhetaton – que significa “Lugar do Efetivo Poder de Aton”.

Representação computadorizada de Armana, onde Akhetaton foi construída.

Entre o ano 8 e o ano 12 de seu reinado, sabe-se que Akhenaton desencadeou uma perseguição aos antigos deuses, e em particular, aos deuses que estavam associados à cidade de Tebas: Amon, Mut e Khonsu. O faraó ordenou que os nomes destes deuses fossem retirados de todas as inscrições em que se encontravam em todo o Egito. Esta situação atingiu diretamente não só os sacerdotes, mas a própria população.

Aton, o Deus do Sol

Akhenaton centralizou o governo e a economia, apropriando-se de vastas extensões de terra e impondo pesados tributos. Paralelamente, enviou seus agentes por todo o reino, para destruir os monumentos e os altares das antigas divindades. A burocracia tornou-se corrupta, o exército foi negligenciado e ele perdeu a maioria dos territórios conquistados por seu pai.

Aproximadamente no ano 15 do seu reinado surge um misterioso co-regente chamado Semencaré. Alguns egiptólogos acreditam que Semencaré era a rainha Nefertiti que assumiu atributos de faraó para tornar suave a transição de governo para o herdeiro do trono que tinha cerca de 4 anos na época. Não se sabe ao certo sobre a morte de Akhenaton, a não ser que faleceu no 17.º ano de seu reinado. A sua múmia poderia talvez ter sido queimada ou colocada no Vale dos Reis. Suspeita-se que tenha sido assassinado a mando dos sacerdotes, prejudicados por sua administração austera.

Nefertiti

Quando Akhenaton morreu, foi sucedido por Tutankhaton, de apenas 8 anos de idade, o qual, num repúdio público a Aton, e num retorno ao velho deus Amon, temporariamente substituído por Aton, foi forçado a mudar seu nome para Tutankhamon. Este também teve um reinado bastante curto, morrendo por volta dos 18 anos de idade. As radiografias feitas na múmia de Tutankhamon mostram um golpe no crânio, o que levanta a hipótese de ter sido assassinado.

Tutankhamon

Apesar de Akhenaton ter feito várias contribuições no desenvolvimento da Arte e da Arquitetura, ele provocou um grande terror na população durante seu reinado, uma história de perseguições, ditadura, censura, assassinatos e retaliações. E esse é o motivo que o faz entrar em nossa lista de Tiranos mais cruéis da História da Humanidade.

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